sexta-feira, 23 de abril de 2010

TERMAS DAS CALDAS DE S. JORGE- NA FREGUESIA DE CALDAS DE S.JORGE - SANTA MARIA DA FEIRA



Caldas de S. Jorge, freguesia portuguesa do concelho de Santa Maria da Feira, dista pouco mais de vinte quilómetros da cidade do Porto, - de onde me desloco com frequência -, cerca de cinco da Vila de Santa Maria da Feira, seu concelho e, trinta e cinco da sua capital de distrito – Aveiro.
Relativamente perto, logo ali ao lado a bem dizer, passa a estrada nacional nº 1 – a célebre e antiquíssima estrada Porto – Lisboa, ainda há bem poucos anos a única e principal entre estas duas capitais, que, agora com veículos auto conduzidos, particulares e, luxuosos “autopulmans” para passageiros, de grandiosas empresas, enche por completo as duas faixas de rodagem daquela que ainda há pouco mais de século era uma estrada de empedrado, onde, as carreiras de transporte de passageiros era a diligência. Nesta freguesia existe o lugar de Malaposta, o que leva a concluir que naquele sítio existiu uma estação de mala posta, de diligência.
A freguesia de Caldas de S. Jorge é atravessada pelo rio Uíma, que, além de romper e passar por vários lugares de outras freguesias e até de outros concelhos a montante, dá a esta uma beleza inolvidável, - numa represa feita lago, com uma ilha onde se está a construir um novo bar-restaurante para substituir um que por antiquíssimo deixou de servir e, numa pequena cachoeira -, antes de continuar seu trajecto através de mais uma dezena de lugares e freguesias até ao rio Douro.
É muito bonito o seu coreto, sito ao lado do lago, onde, música de banda marcial, ou outra, eu nunca ouvi, com grande pena.
A estância termal, ou, vulgarmente denominada de termas – Caldas de S. Jorge – é o atractivo principal do lugar, que, funciona parte do ano. Parte, mas, quase na sua totalidade. A mesma, dá nome á freguesia.
É fantástico o seu jardim principal, nas traseiras (frente principal de outrora) da estância termal. Com árvores centenárias, que, dão ao sítio sombras excelentes e clorofila em abundância, para quem se senta naqueles bancos de jardim, que, como eu, com tanto prazer, me sento naqueles dias de canícula. Vi-o fantasticamente bem cuidado.
As crianças brincam naquele parque infantil excelentemente bem montado, onde se vê ter existido o cuidado de garantir a segurança para quem dele usufrui.
Enfim, as maravilhas, a simpatia, os cuidados, de uma pequena e modesta freguesia que se localiza fora da orla marítima e que desta tão cuidada forma agrada às populações e a forasteiros como eu.
Deixei por desvendar o porquê da existência de um lugar denominado de SÉ.




















Encontrei toponímia com uma rua de SÉ. Encontrei um enorme edifício, com brasão, que me informaram denominar-se de Quinta do Herdeiro e que teria sido, ou onde teria existido, uma igreja (seria a Sé?) Mas, são perguntas que ficam no ar, pois, não consegui deslindar.
Vá desfrutar daquelas termas; daquelas sombras à beira-rio; daqueles bancos no parque - debaixo daquelas enormes árvores; do romantismo do local com o silêncio que sempre é absoluto. Passe um tempinho naquele bar – ilha. Delicie-se.
Dê uma volta pelo lugar; tem cafés, bares, restaurante, discoteca, minimercado, quiosque de jornais e revistas, banco, entre outros estabelecimentos de interesse. Zonas de descanso e outras de utilidade.
O magnífico parque das Caldas de S. Jorge, o seu lago, a sua magnífica ilha, aliados a todas as cercanias de verdes campos e frondosas matas, conjuntamente com a Casa e Quinta do Herdeiro, são um lugar romântico, deveras aprazível, idílico, que, elegeria para repousar e escrever um livro, - romance. Vou reunir este lugar – das Caldas de S. Jorge -, àqueles lugares já eleitos para o mesmo efeito, cuja lista está no final:





Água não quente, mas transparente,
Mineral de uma única nascente,
Junto ao Ribeiro do Passal,
Borbulhava como nada igual.
Descoberta antiga da mal cheirosa
Quando sara úlcera varicosa
De um vivente,
Porque nela banhava-se freqüentemente.
Padre Inácio, ao saber da cura por seu criado,
Tratou de construir com expensas próprias
Barracos de madeira, fonte e tanques
Para hospedar gente que da luta contra doença
Já havia desistido por achar inglória.
Na batalha pela vida, essa água
Sulforosa, poderosa, milagrosa,
Cura da tristeza momentânea até a dor mais tenebrosa,
Mas não podia ser diferente
Tendo o Guerreiro São Jorge como comandante
.




6 comentários:

Silvia Schumacher disse...

João, sempre encantas com tuas imagens e textos, ambos fantásticos!!Parabéns! Um abraço desde Porto Alegre, Brasil

Silvia Schumacher disse...

Água não quente, mas transparente,
Mineral de uma única nascente,
Junto ao Ribeiro do Passal,
Borbulhava como nada igual.
Descoberta antiga da mal cheirosa
Quando sara úlcera varicosa
De um vivente,
Porque nela banhava-se freqüentemente.
Padre Inácio, ao saber da cura por seu criado,
Tratou de construir com expensas próprias
Barracos de madeira, fonte e tanques
Para hospedar gente que da luta contra doença
Já havia desistido por achar inglória.
Na batalha pela vida, essa água
Sulforosa, poderosa, milagrosa,
Cura da tristeza momentânea até a dor mais tenebrosa,
Mas não podia ser diferente
Tendo o Guerreiro São Jorge como comandante.

majosilveiro - João da mestra disse...

**Silvia Schumacher**,

Achei, que, a forma mais racional de lhe dizer muito obrigado pelo seu comentário, era, colocar o próprio na página principal e, assim o fiz. Palavras geniais e obras genias de autores geniais, só em sítio "genial".
Abraço

ANSTZA disse...

Diante de tão expressivas palavras e imagens só me resta refletir... em silêncio.
Um abraço
Anita

lana maria disse...

Sua descrição tão pormenorizada me levou, em pensamento, para esse lugar tão lindo! As fotos são belíssimas e a vontade de conhecer lugar tão agradável só aumentou... Um dia eu vou querido amigo João!
Abraços de aquém mar ...
Lana Maria

lana maria disse...

Sua descrição tão pormenorizada me levou, em pensamento, para esse lugar tão lindo! As fotos são belíssimas e a vontade de conhecer lugar tão agradável só aumentou... Um dia eu vou querido amigo João!
Abraços de aquém mar ...
Lana Maria