Belíssimo local para férias, em plena Serra da Peneda, entre Melgaço e a Serra do Soajo.
Tem um belíssimo hotel, ou pousada, mesmo ao lado do Santuário. Para descansar, sonhar, refletir e passear, a pé, não há melhor. A poucos kilómetros existe o parque de campismo, parque de apoio ao campismo, do parque florestal da Peneda, mesmo junto à porta de entrada de Lamas de Mouro. Alí se encontra apoio da organização do Parque Florestal, apoio para percursos a pé e outras iniciativas, como visitas e, no próprio local exposições temáticas excepcionalmente dirigidas aos jovens e, aos menos jovens.
No parque de campismo pode ficar em estadia, terá sòmente que levar o seu material para acampar. E pagar no final os dias respectivos.
Parque vigiado 24 sobre 24 h, com todo o apoio necessário; recepção, café/bar, sanitários com água quente, luz para as instalações, enfim, tudo o que um parque de campismo do litoral tem. Mas aqui tem mais; Tem as cotovias a cantar para si, pela manhã, os cucos, os mochos, as águias, o falcão e, imagine-se o pica-pau a "cavar"o seu buraco nas árvores, faz-se ouvir a léguas com aquele toc, toc, toc, toc, toc, toc, rápidamente continuado, com um som entoado pela floresta fantásticamente acústico. Belo, ilariante de tão belo.
Tem trilhos para passeios a pé através da serra mas não vá sozinho. Leve quem conheça. Poderá então ver o enorme gado bovino da serra; vacas e boi de grandes chifres, uns e outras; Cavalos soltos em "agregado familiar" livremente comendo nos matagais dia e noite; Aves raras, com sorte verá a águia e o mocho e outros; poderá encontrar o lobo ou a raposa que de imediato fugirão a sete léguas. Ouvirá coachar as rãs e o piar constante de aves que no seu habitat não fazem cerimónias em fazerem uma "chilreadeira" que, quem vai da cidade ao ouvir todos estes sons durante pleno dia e sol alto mais lhe parece que está numa floresta irreal do Disney , aquelas dos desenhos animados infantis.
De mais belo e humano é o contacto com as pessoas do local, algumas que dali nunca saíram para lado algum, que se dedicam á pastoricia de gado de grande porte, que praticam os trabalhos em comunidade chamados por eles "as sortes". Percorrem toda a serra a pé, mulheres e homens, solitários, e guardam o gado conduzindo-o aos melhores pastos, o seu e o dos outros da aldeia. Amanhã calhará a outra ou outro, são "as sortes". É o verdadeiro trabalho comunitário, conforme ainda o uso de guardar o milho em espigueiros comunitários, no Soajo, e das jornadas com enchada na mão a cavarem para semear a batata á vez nos campos de todos por todos. Procure tirar partido do local onde está e vá conhecer a Lagoa grande. Terá que ir a pé, embrenhar-se na serra isenta de arvoredo mas de uma maravilhosa paisagem agreste de grandes, de enormes ou enormíssimos penedos todos com formas diferentes, milenares, do último glaciar.
Majosilveiro