ARCOS DE VALDEVEZ
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No Norte de Portugal, na província do Minho, agora, região Norte e, sub-região do Minho-Lima, pertencente ao distrito de Viana do Castelo, situa-se a Vila de Arcos de Valdevez.
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No Norte de Portugal, na província do Minho, agora, região Norte e, sub-região do Minho-Lima, pertencente ao distrito de Viana do Castelo, situa-se a Vila de Arcos de Valdevez.
Depois de atravessar parte das Serras do Soajo, da Peneda e do
Gerez -pertencentes ao Parque Nacional da Peneda Gerez - o Rio Vez, que nos dá
umas margens de uma beleza indescritível com frondosas árvores, passa por todo
o centro da Vila dos Arcos-de-Valdevez. Devido a este facto, a Vila, que,
ultimamente se transforma, para a modernidade das áreas de lazer à beira-rio,
tem agora muitos espaços para a prática do desporto e das actividades lúdicas e
de prazer.
http://portugalfotografiaaerea.blogspot.pt/2012/08/arcos-de-valdevez.html
OUTRA PÁGINA DE ARCOS DE VALDEVEZ
http://majosilveiro.blogspot.pt/2010/03/arcos-de-valdevez-o-seu-rio-e-sua-ponte.html
FREGUESIA DO VALE
O PASSADO QUE DEU ORIGEM AO PRESENTE
VAMOS À QUINTA DO CRUZEIRO
DA FAMÍLIA VASCONCELOS NA
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FREGUESIA DO VALE**
O espigueiro tradicional das quintas do
Minho, que, aqui e, nesta época, já não é comunitário.
É privado, da quinta.
Em tempos medievais (Celtas, Iberos,
Celtiberos, Lusitanos e, mais recentemente, já nos tempos de Portocalem e
Portugal) o espigueiro, em terras do Minho, situava-se em praça aberta, no
centro da aldeia, sendo comunitário, para sua melhor defesa por parte da
população, contra invasores e ou assaltantes.O vinho que dará todas estas uvas será tão inofensivo quanto as mãos de uma criança, basta para isso, bebe-lo sim com o máximo dos prazeres, mas, com moderação.
A Gruta da lage divina, de divina água. Água é o que não falta
em toda a quinta. Divina água.
LENDA DA SANTA DO VALE
Esta lenda foi-me narrada pelos habitantes e por antigos moradores naturais do lugar das Eirinhas e da Freguesia do Vale, do Concelho de Arcos de Valdevez, assim como pelos proprietários da Quinta do Cruzeiro da Família Vasconcelos, daquele lugar.
Eu a compus, dando à mesma o cunho de uma veracidade e originalidade.
Então, conta a lenda que, na muito provecta Aldeia do Vale, hoje Freguesia do Vale, em tempos imemoriais, faltou a água, derivado a escassa chuva que, sarrazinava em não cair.
As populações da dita Aldeia do Vale e de outras aldeias situadas nas redondezas e, também algumas do interior das serras, da Peneda, no Mesio, da Gavieira, do Soajo, de Lamas, de Mosteirô e, até de Castro – o Minho profundo é extenso, agreste, de serras a perder de vista -, onde a situação foi desanimadora, deram consigo em desespero pela falta de água para as suas culturas, para a sua vida e também para os seus animais, enfim, para o seu sustento.
Existia há já muitos séculos a Gruta da Santa do Vale no interior da Quinta do Cruzeiro, anteriormente a esta ser adquirida pela mãe do ancião da Família Vasconcelos.
Nesta gruta, é então relatado, apareceu uma Santa, que, atribuem ser Nossa Senhora do Vale ou, Nossa Senhora da Laje, do Vale, porque, Ela apareceu em cima de uma Laje situada no interior da mesma. Laje essa que, ainda lá se encontra e, o mais curioso, estava, essa, sempre isenta de musgos, de ervas, ou qualquer vida vegetativa. Portanto, a laje encontrava-se sempre limpa; a pedra no seu mais puro estado natural, apesar de estar num local húmido – dentro da gruta -, com água a escorrer pelas paredes da gruta e consequentes musgos, pequenas eras e ervas que alastravam, permanentemente. Pois nunca tais envolviam ou sequer tocavam a laje.
Porque na Quinta do Cruzeiro nunca faltava água, antes pelo contrário, ela era abundante – e ainda é – as mencionadas populações atribuíram que se devia ao facto de haver intervenção divina de Nossa Senhora -, do Vale.
A notícia foi-se espalhando através dos tempos e, cada vez que faltava a água nas redondezas e ou em outros locais, as populações convergiam à Quinta do Cruzeiro, à Gruta, com promessas, a pedir chuva; água para as suas respectivas aldeias.
As promessas foram várias, entre elas, a da construção de uma Capela ou Ermida no local. (Nessa época era muito frequente a construção de Ermidas e Capelas no seio das aldeias ou nas cristas das serras e também em vales. Por isso, é imensamente rico o património Cultural; Clerical, Diocesano, Paroquial, Municipal, Regional e Rural.
Não se chegou a efetivar qualquer construção no local da gruta. Construiu-se isso sim, uma igreja; a Igreja Paroquial da Freguesia do Vale em 1701. Se a intenção foi em honra, além do Padroeiro da Freguesia do Vale, também a Nossa Senhora do Vale, não me foi confirmado e, desconheço se alguém tem a certeza de tal. Mas, como o que narro é uma lenda, então poderemos pôr a hipótese, ser também por Honra de tal, à mesma que, na Gruta satisfazia os pedidos dos milhares de aflitos que ali se dirigiam. Nossa Senhora do Vale nunca abandonou o povo Crente e, esse, soube honra-La.
À gruta, as gentes deixaram de afluir, até porque a mesma se situa em propriedade privada.
Consta ainda que, muito mais antiga é a fé, que, naquele local, existiu um convento, mosteiro, abadia ou algo semelhante e, até cemitério, tendo chegado a ser encontrados objectos a eles ligados. Sendo assim, não admira a realidade da existência da gruta – ela está lá -, assim como da Lenda da Santa do Vale.
Foi escrito o que me contaram, porque, a sabedoria do povo é imensa e, nada se pode perder.
À Santa na Laje do Vale
Era useiro e vezeiro,
Com toda a devoção,
Ir à Quinta do Cruzeiro,
Todo o devoto Cristão.
À Santa no Vale, à Laje,
Rezar e pedir muita chuva,
Para que no nabal haja,
Água na horta e, na vinha p´ra uva.
De joelhos, à entrada da gruta,
Todo o romeiro orava,
Só assim a Santa lhes dava,
Água p´ras árvores de fruta.
Mulheres com grande canseira,
Rosário na mão a cantar,
Querem água na laranjeira,
A sua Santa lha irá dar.
Cada um com sua devoção,Esta lenda foi-me narrada pelos habitantes e por antigos moradores naturais do lugar das Eirinhas e da Freguesia do Vale, do Concelho de Arcos de Valdevez, assim como pelos proprietários da Quinta do Cruzeiro da Família Vasconcelos, daquele lugar.
Eu a compus, dando à mesma o cunho de uma veracidade e originalidade.
Então, conta a lenda que, na muito provecta Aldeia do Vale, hoje Freguesia do Vale, em tempos imemoriais, faltou a água, derivado a escassa chuva que, sarrazinava em não cair.
As populações da dita Aldeia do Vale e de outras aldeias situadas nas redondezas e, também algumas do interior das serras, da Peneda, no Mesio, da Gavieira, do Soajo, de Lamas, de Mosteirô e, até de Castro – o Minho profundo é extenso, agreste, de serras a perder de vista -, onde a situação foi desanimadora, deram consigo em desespero pela falta de água para as suas culturas, para a sua vida e também para os seus animais, enfim, para o seu sustento.
Existia há já muitos séculos a Gruta da Santa do Vale no interior da Quinta do Cruzeiro, anteriormente a esta ser adquirida pela mãe do ancião da Família Vasconcelos.
Nesta gruta, é então relatado, apareceu uma Santa, que, atribuem ser Nossa Senhora do Vale ou, Nossa Senhora da Laje, do Vale, porque, Ela apareceu em cima de uma Laje situada no interior da mesma. Laje essa que, ainda lá se encontra e, o mais curioso, estava, essa, sempre isenta de musgos, de ervas, ou qualquer vida vegetativa. Portanto, a laje encontrava-se sempre limpa; a pedra no seu mais puro estado natural, apesar de estar num local húmido – dentro da gruta -, com água a escorrer pelas paredes da gruta e consequentes musgos, pequenas eras e ervas que alastravam, permanentemente. Pois nunca tais envolviam ou sequer tocavam a laje.
Porque na Quinta do Cruzeiro nunca faltava água, antes pelo contrário, ela era abundante – e ainda é – as mencionadas populações atribuíram que se devia ao facto de haver intervenção divina de Nossa Senhora -, do Vale.
A notícia foi-se espalhando através dos tempos e, cada vez que faltava a água nas redondezas e ou em outros locais, as populações convergiam à Quinta do Cruzeiro, à Gruta, com promessas, a pedir chuva; água para as suas respectivas aldeias.
As promessas foram várias, entre elas, a da construção de uma Capela ou Ermida no local. (Nessa época era muito frequente a construção de Ermidas e Capelas no seio das aldeias ou nas cristas das serras e também em vales. Por isso, é imensamente rico o património Cultural; Clerical, Diocesano, Paroquial, Municipal, Regional e Rural.
Não se chegou a efetivar qualquer construção no local da gruta. Construiu-se isso sim, uma igreja; a Igreja Paroquial da Freguesia do Vale em 1701. Se a intenção foi em honra, além do Padroeiro da Freguesia do Vale, também a Nossa Senhora do Vale, não me foi confirmado e, desconheço se alguém tem a certeza de tal. Mas, como o que narro é uma lenda, então poderemos pôr a hipótese, ser também por Honra de tal, à mesma que, na Gruta satisfazia os pedidos dos milhares de aflitos que ali se dirigiam. Nossa Senhora do Vale nunca abandonou o povo Crente e, esse, soube honra-La.
À gruta, as gentes deixaram de afluir, até porque a mesma se situa em propriedade privada.
Consta ainda que, muito mais antiga é a fé, que, naquele local, existiu um convento, mosteiro, abadia ou algo semelhante e, até cemitério, tendo chegado a ser encontrados objectos a eles ligados. Sendo assim, não admira a realidade da existência da gruta – ela está lá -, assim como da Lenda da Santa do Vale.
Foi escrito o que me contaram, porque, a sabedoria do povo é imensa e, nada se pode perder.
À Santa na Laje do Vale
Era useiro e vezeiro,
Com toda a devoção,
Ir à Quinta do Cruzeiro,
Todo o devoto Cristão.
À Santa no Vale, à Laje,
Rezar e pedir muita chuva,
Para que no nabal haja,
Água na horta e, na vinha p´ra uva.
De joelhos, à entrada da gruta,
Todo o romeiro orava,
Só assim a Santa lhes dava,
Água p´ras árvores de fruta.
Mulheres com grande canseira,
Rosário na mão a cantar,
Querem água na laranjeira,
A sua Santa lha irá dar.
Rezava sua Oração,
É a verdade o que vos digo,
Pediam água p´ro figo.
Vinham por entre a serra e o vale,
Às centenas, os forasteiros,
Até à Santa da Laje,
Ao sol, ao frio, pedir chuva,
Para dar água aos diospireiros.
Ao Homem, o animal acompanhava,
O burro, o cavalo, o boi, a vaca,
A cabra, o cabrito, a ovelha,
Enfim, todos os animais,
Puxados pela mulher velha,
Pedir água para os demais.
Com a sua confraria,
Uma autêntica romaria,
Dos tempos medievais,
Mistura de religião,
Com simbolismo pagão.
No final iam embora,
Cristãos pelo caminho fora,
Caminheiros com imensa fé,
Para um lado e para o outro, a pé.
Ir à Quinta do Cruzeiro,
Era useiro e vezeiro,
Com toda a devoção.
A acompanhar o romeiro,
O judeu, o Cristão e o pagão.
João da mestra,1 de Março de 2011
A ÁGUA ERA IMENSA;
A Água brota dos terrenos, corre pelos carreiros formando caminhos de água;
muitos caminhos de muita água.
Hoje fui à quinta..., da Família Vasconcelos;*
e, fiquei tão encantado que, decidi obsequiar duas páginas no meu blogue, dedicada á quinta, porque, o amigo é amigo e a amiga é amiga;
A amiga é a Emília e o amigo o Alexandre, que, imaginem a coincidência, é natural da freguesia de Canidelo de Vila Nova de Gaia; a minha naturalidade!!!
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FREGUESIA DO VALE
Seguindo a estrada CM1321 de Arcos de Valdevez em direcção á freguesia do Soajo e ou para o Mesio da Serra da Peneda, a meio caminho encontra a bifurcação - do Cruzeiro. Larga aí a que segue para a direita, a EM530 e, segue a CM1327, que, segue à esquerda, subindo até à Igreja e ao Cemitério do Vale.
PODE CONSULTAR TAMBÉM ; http://majosilveiro-reportagem.blogspot.pt/2011/02/arcos-de-valdevez-quinta-do-cruzeiro-na.html
E
http://majosilveiro-reportagem.blogspot.pt/2011/02/quinta-do-cruzeiro-2-vale-arcos-de.html
UM EXTRA POR CONVITE http://portugalfotografiaaerea.blogspot.pt/2012/08/arcos-de-valdevez.html
majosilveiro